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A primeira vista, criar um e-commerce parece algo muito complicado. É e não é.

Sem programação e um planejamento o desafio será enorme. Pensando nisso e nos erros que muita gente comete, elaboramos um Checklist completo e inteiramente grátis para ajudar você, que não tem experiência com implementação de ecommerces, com todos os passos necessários para criar um e-commerce de sucesso.

 

Etapa #1 – Planejamento

Nesta etapa é onde tudo começa. Você precisa modelar o seu negócio, definir qual o segmento de marcado e o público-alvo da sua empresa, o nome e outros detalhes preliminares:

  • Defina o modelo de negócio;
  • Defina o segmento de mercado onde irá atuar;
  • Elabore o plano de negócio da empresa (é ele que trará informações detalhadas do seu ramo, produtos e serviços, clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, pontos fortes e fracos do negócio, que dirá se a sua empresa será viável ou não);
  • Defina ou encontre o seu público-alvo / a sua persona (pode haver mais de um tá?);
  • Aprenda o comportamento desse público (onde estão, o que fazem, do que gostam, interesses relacionados, profissões, faixa etária, comportamentos, etc.);
  • Escolha os produtos que serão vendidos (eles devem estar de acordo com o seu público-alvo, OK?);
  • Confirme se há demanda para esses produtos (pesquise, realize buscas, entreviste pessoas);
  • Verifique como funciona a Lei do E-commerce (Decreto 7.962/2013) e a coloque em ação;
  • Defina o nome do e-commerce (muito cuidado, pesquise se existem empresas com nomes semelhantes, parecidos ou que possam causar confusão. Faça uma lista de opções e vá eliminando as que não servirem, até você ficar com duas ou três opções);
  • Durante essa pesquisa de nomes, pesquise se o domínio e os nicknames nas redes sociais estão disponíveis. É possível negociar domínios / nicknames que não estão em uso direto com o detentor do domínio.
  • Registre o domínio da sua loja (www.nomedasualoja.com.br) e crie as contas nas Redes Sociais (no Facebook, defina o nickname para não ficar com um link genérico);
  • Registre a marca no INPI. A pesquisa por Marcas pode ser feita aqui > BUSCA WEB. Consulte o Guia Básico Sobre Pedido de Registro de Marcas;
  • Abra a empresa. Dependendo do seu negócio, você pode começar como Micro Empresário Individual.  Consulte as ocupações permitidas para ser um MEI.

OBS: Para mais informações sobre a operação como MEI e as obrigações inerentes, consulte um Contador.

 

Etapa #2 – O funcionamento da loja

Aqui você precisará definir alguns processos de trabalho e registrar tudo o que será necessário na sua loja virtual. Dependendo de como a sua loja será montada, você precisará adquirir um Certificado de Segurança, para dar transparência e segurança aos clientes.

Preocupe-se em ter um layout intuitivo e responsivo (adaptável a dispositivos móveis), que ajude o usuário a ter a melhor experiência de compra. Opte pela integração de um ERP para te auxiliar na rotina administrativa e não se esqueça de um ótimo parceiro de logística.

  • Escolha a melhor plataforma de e-commerce para o negócio. Um aviso: não existe plataforma perfeita. A definição de melhor plataforma varia de pessoa para pessoa.
    Esteja ciente de que você pode optar por dois tipos de plataforma: Alugada ou Própria. Entre as plataformas alugadas (existem diversas opções no mercado), algumas cobram apenas a mensalidade e outras cobram um percentual sobre as vendas além da mensalidade. Esteja atento a isso;
  • Escolha um servidor de hospedagem com qualidade caso opte por uma plataforma própria. Servidores do tipo Cloud são o que de melhor existe atualmente;
  • Determine o certificado de segurança ideal (apenas se você optar por uma plataforma própria, pois todas as plataformas alugadas já oferecem o certificado de segurança);
  • Defina um layout dinâmico e intuitivo (aqui também é importante saber que o layout da loja é tão importante quanto o que está por detrás, por isso, pode ser necessário a aquisição de um pacote visual (template ou tema) e contratação de um programador ou designer para criação / customização do layout (aplicar as cores da marca, montar os banners, organizar o layout e o conteúdo da loja, etc);
  • Estabeleça as formas de contato entre a empresa e o consumidor. Hoje em dia é possível ter um chat, um formulário de contato, um botão flutuante de WhatsApp, links para telefone, email de contato, endereço, horários de funcionamento;
  • Determine os meios de pagamento da loja virtual. Muito cuidado aqui, pois isso pode pesar demais no seu bolso. Tanto nas plataformas alugadas quanto nas plataformas próprias existem diversos integradores de pagamento por cartão de crédito, boleto, transferência e recentemente o PIX. Você precisa pesquisar e comparar principalmente as taxas de transação via cartões de crédito, à vista e parcelado. Oferecer parcelamento sem juros é ótimo para vender, mas quem suporta as taxas é você, então, quanto menores forem as taxas, melhor.
    Fique atento e pesquise também se o meio de pagamento oferece proteção contra fraudes e chargeback (o cancelamento da compra feita via cartão de crédito ou débito);
  • Escolha uma ferramenta ERP para ajudar na rotina. ERP é um sistema de gestão tudo em um. Faz a gestão de produtos, estoques, compras, Notas Fiscais, pedidos da loja (virtual ou física), financeiro, integra com marketplaces, integra com sistemas de logística. Enfim, faz quase tudo.
    Existem sistemas ERP’s que funcionam online e offline. Aqui também é preciso verificar se a plataforma definida lá no primeiro tópico, integra facilmente com o ERP, pois pode ser necessário a contratação de um programador para realizar essa integração. Em plataformas alugadas, algumas ainda cobram um adicional mensal pela integração. Então, além do custo da mensalidade do ERP, do programador integrador, você ainda teria o custo mensal adicional da Plataforma de E-Commerce.
    Dê preferência aos ERP’s que funcionem na nuvem (não tem instalação num computador) e aos que sejam integráveis às plataformas sem a necessidade de contratação de um programador para a integração. Há muitas opções disponíveis;
  • Escolha um bom parceiro de logística. Quem está começando ainda não tem volume para ter um Contrato com os Correios por exemplo (durante a pandemia os Correios retiraram o valor mínimo para Contratos). Mas dependendo do seu volume de postagens, você já pode ter um contrato menor, com agências terceirizadas, que realizam a coleta das encomendas e que oferecem o pagamento faturado das postagens. Essa opção não oferece a logística reversa, disponível apenas para os Contratos direto com os Correios (sem passar pelas terceirizadas) e com outras Transportadoras (Jadlog, AzulCargo, BrassPress, etc). Existem hoje algumas soluções para quem não tem contrato com os Correios: Frenet e Melhor Envio. As duas empresas oferecem a facilidade de usar o Contrato que elas possuem com os Correios e com a JadLog. E você ainda pode integrar uma transportadora com a qual você tenha um contrato. A diferença em relação aos Contratos firmados diretamente com os Correios é que na Frenet e Melhor Envio não é possível ter a coleta das encomendas.
  • Estabeleça como será o funcionamento do frete (Transportadoras, Correios etc) – Defina se você oferecerá alguma promoção, permanente ou sazonal, de frete grátis e para quais regiões. Você ainda pode definir a retirada na loja, entrega por motoboy, etc.;
  • Estipule processos de trabalho muito bem definidos e documente para toda a equipe ter conhecimento de como proceder. Quando a loja entrar em operação é que surgirão dúvidas e problemas pontuais relacionados a pagamentos, entrega, funcionamento do site, etc. Por isso é importante que todos saibam o que fazer.

 

Etapa #3 – Setup da loja

Agora, você precisará definir as políticas de segurança e privacidade do seu e-commerce, os procedimentos para trocas e devoluções, informar seus clientes sobre formas de pagamento e entrega utilizadas. Lembre-se que existe a lei do e-commerce e você precisa estar atento para incluir todas as informações de forma simples e clara.

É importante estar ciente de que em todas as compras realizadas à distância (internet, telefone), o cliente pode exercer o direito de arrependimento, que significa que ele pode manifestar o desejo de devolver o produto em até 7 (sete) dias corridos após o recebimento. E adivinha quem paga o frete nas devoluções por arrependimento e produto com defeito? A loja.

Nesta etapa você precisará também criar os títulos e descrições únicas dos seus produtos, não copie da concorrente e seja inovador para não ser penalizado pelos buscadores e garantir boas indexações.

Alguns passos são mais técnicos, então, caso precise, consulte tutoriais no YouTube. Lá você encontra vídeos explicando até como construir foguetes.

 

  • Elabore as informações institucionais da empresa. Crie uma página contando a história da marca / seus fundadores, crie páginas informativas acerca das políticas da loja (segurança, procedimentos para trocas e devoluções, formas de pagamento e entrega), páginas sobre as promoções e o que mais se aplicar ao seu caso;
  • Inclua as informações básicas e claras segundo a Lei do E-commerce;
  • Elabore descrições únicas de todos produtos. É fundamental evitar conteúdos duplicados ou copiados de outros sites, para não ser penalizado no rankeamento dos buscadores;
  • Elabore fotografias de qualidade para mostrar os detalhes dos produtos. Dependendo do produto vendido pela sua loja, você pode usar boxes de fotografia que são vendidas no mercado por um preço médio de R$ 250,00;
  • Defina os valores dos produtos, incluindo a margem de lucro, os custos e comissionamentos;
  • Faça as configurações dos serviços do Google:
    Google Analytics – responsável por monitorar e catalogar todos as informações dos acessos à loja;
    Google Search Console – responsável pelo motor do buscador. É fundamental cadastrar-se neste serviço para acelerar a indexação das páginas da sua loja;
    Google Merchant Center – responsável por exibir o seu catálogo de produtos na internet, seja nas buscas orgânicas, seja através de anúncios de Shopping;
    Google Ads – serviço do Google onde você realiza anúncios na rede própria do Google (Pesquisas, Shopping, YouTube e Gmail), seja nos sites parceiros (Rede de Display, Remarketing, etc). Aqui além de se cadastrar, você precisará gerar o código de conversão e remarketing, para já deixar pronta a sua loja para quando você começar a anunciar.
  • Faça a criação e a instalação do Pixel do Facebook. Pixel é o código do Facebook responsável por monitorar e analisar todas as atividades realizadas no seu site, para auxiliar e fornecer dados aos anunciantes do Facebook e Instagram.
    Estes dois últimos itens são muito importantes para os sucesso dos anúncios.

 

Etapa #4 – Atendimento e Divulgação

Chegou a hora de treinar a equipe do seu e-commerce para realizar o melhor atendimento para o cliente. Atualmente, o consumidor estabelece os meios de comunicação que ele tem preferência em ser atendido. Prepare sua equipe para dar suporte em múltiplos canais, afinal de contas, já estamos na era do omnichannel.

E falando de tráfego para o site, não se esqueça de definir um plano de marketing com orçamentos de mídia paga e ações de marketing muito bem desenhadas. Lembre-se que se ninguém souber que a sua loja existe e não tiver visitas, dificilmente o seu e-commerce irá vender. Portanto, atente-se a este item que é de extrema relevância.

Campanhas de tráfego e de conversões (vendas) podem ser realizadas em diversos canais: Google, Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn, TikTok, etc.

Como a essa altura você já sabe quem é o seu público-alvo, você sabe onde ele está. E é lá que você precisa aparecer.

 

Este é um resumo contando o que não pode faltar no processo de criação de um E-Commerce, mas isso não esgota o assunto. Se precisar de mais informações ou de uma consultoria mais personalizada, entre em contato com a gente:

 

 

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